(Por Ciro Guedes, Psicólogo e Neuropsicólogo – Espaço Ligno)
Por que falar de aceitação?
Quando olhamos para a própria vida com honestidade, percebemos que nem tudo está sob o nosso controle. Aceitar isso não significa conformar-se ou “baixar a cabeça”; significa reconhecer a realidade como ponto de partida para qualquer mudança. Sem aceitação, gastamos energia lutando contra fatos imutáveis – e deixamos de investir no que realmente podemos transformar.
No consultório, vejo diariamente como a negação prolonga o sofrimento. Ao contrário, quando o paciente admite: “Sim, estou passando por uma fase difícil”, abre-se a porta para a resiliência – a capacidade de se adaptar, aprender e seguir adiante.
A neurociência por trás da resiliência
Do ponto de vista neuropsicológico, a resiliência está intimamente ligada à neuroplasticidade – a habilidade do cérebro de criar novas conexões. Cada vez que enfrentamos um obstáculo de maneira saudável, reforçamos circuitos associados à resolução de problemas, regulação emocional e pensamento flexível. Em outras palavras, o cérebro aprende a superar.
Isso não acontece num passe de mágica; exige prática consciente:
- Identificar emoções antes que elas escalem.
- Reformular pensamentos automáticos (“Isso é impossível!” → “Ainda não sei como, mas posso aprender”).
- Buscar apoio, porque resiliência se nutre na relação com o outro.
Superação: ação intencional + autocuidado
Aceitação e resiliência criam o terreno; superação é o passo adiante, quando transformamos aprendizado em ação:
Estratégia | O que significa na prática |
Mindfulness cotidiano | Trazer a atenção para o presente (respiração, sensação corporal) sempre que notar ruminação. |
Metas pequenas e concretas | Em vez de “quero mudar de vida”, comece com “vou caminhar 10 minutos 3x/semana”. |
Auto-compaixão | Falar consigo mesmo como falaria com um amigo em dificuldade. |
Revisão de crenças | Questionar ideias rígidas (“fracasso me define”) e substituí-las por narrativas mais flexíveis. |
Rede de suporte | Família, amigos, terapia, grupos online: ninguém supera tudo sozinho. |
Exercício prático: diário de aceitação e superação
- Liste uma dificuldade atual que desperta frustração.
- Descreva o que está fora do seu controle (fatos) e o que está dentro (respostas, escolhas).
- Escreva uma ação mínima que você pode tomar hoje.
- Registre ao fim do dia como se sentiu após executar essa ação.
- Repita por 7 dias, observando padrões de pensamento e emoção.
Simples, mas poderoso: ao final de uma semana, muitos pacientes relatam sensação de maior agência – sinal de que aceitação e superação estão caminhando juntas.
Conclusão: do vídeo para a vida real
No vídeo, compartilhei que dificuldades são inevitáveis, mas o sofrimento adicional é opcional. Aceitar é o primeiro passo; resiliência é o caminho; superação, o resultado visível. Quando unimos conhecimento psicológico, práticas de autocuidado e apoio profissional, transformamos crises em catalisadores de crescimento.
Então se você sente que precisa de ajuda para atravessar esse processo, estou à disposição no Espaço Ligno. Juntos, podemos elaborar estratégias personalizadas para fortalecer sua resiliência e construir uma vida com mais sentido e equilíbrio.
“Aceitar não é desistir; é abrir espaço interno para a mudança acontecer.”
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Portanto compartilhe este artigo com quem pode se beneficiar e deixe seu comentário: como você tem praticado aceitação, resiliência e superação no dia a dia?